quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ANDRE SOUSA

André Sousa

















ANDRÉ SOUSA»» A minha actividade não permitia total disponibilidade

Para trás ficam 22 anos como futebolista...

“Abandonei o futebol como jogador por razões de ordem profissional” 



Com 33 anos, acabados de fazer no passado mês de Setembro, nada fazia prever que André Sousa,
um dos manos Sousa, deixa-se de jogar futebol. 

O anúncio da sua decisão foi tornado público após o jogo da Taça AF Setúbal realizado com o Almada, no Campo do Pragal.
André Sousa, uma das grandes referências dos Pescadores da
Costa de Caparica desenvolveu a sua carreira de jogador praticamente só em clubes da margem sul,
nomeadamente Costa de Caparica, Sesimbra, Trafaria e Cova da Piedade. 

A única excepção foi uma breve passagem [cerca de dois meses] pelo Fanhões. 
Mas quais terão sido as razões que levaram André Sousa a abandonar a modalidade na qualidade
de jogador, foi isso que procurámos saber na conversa que mantivemos com o jogador que
apesar de tudo vai continuar ligado ao futebol como treinador da equipa de iniciados dos Pescadores.


As boas e as más recordações


Houve alguma razão especial para abandonares o futebol, nesta altura?

Não. Abandonei o futebol porque a minha actividade profissional não permite uma total disponibilidade para a prática da modalidade, a este nível.

Ao longo da tua carreira andaste sempre por clubes da margem sul do Tejo.
Nunca tiveste propostas de clubes de outras regiões?

Com o irmão Gonçalo no Costa de Caparica
Os meus três primeiros anos de sénior foram na Costa de Caparica que estava na terceira divisão. 
Quando o Costa desceu fui para o Fanhões mas cerca de dois meses voltei à Costa de Caparica para jogar no campeonato distrital. Entre os anos que estive no
Costa de Caparica tive quatro propostas para jogar noutros clubes em divisões superiores mas optei por ficar.

No Trafaria...






































Quais os momentos mais marcantes da tua carreira.
Pela positiva e pela negativa?

A nível positivo, tenho de dizer que não foi um momento mas sim uma época, a de 2000/2001. 
Começámos a época no Costa de Caparica com uma equipa muito modesta e tivemos cinco treinadores. 
No fim da primeira volta estávamos mais que condenados, mas depois, com algumas contratações que vieram pela mão do último treinador, conseguimos garantir a manutenção na penúltima jornada, ao alcançar uma expressiva vitória (8-0) sobre o Vendas Novas. 
Pela negativa, é óbvio que foi o incidente do ano passado com o árbitro no jogo que disputámos em casa com o Almada.


"Espero um dia chegar a treinador de uma equipa sénior"


E agora, que vais fazer. Continuas ligado ao futebol?

Sim, vou. 
Aliás, já sou treinador de futebol de formação há seis anos; cinco no
Trafaria e este ano na Costa de Caparica como treinador da equipa de Iniciados. Se for possível espero continuar a desenvolver a actividade para um dia poder chegar a treinador de uma equipa de seniores.

Provavelmente não terá sido uma decisão fácil de tomar?

Pois não. Esta terá sido talvez a decisão mais difícil da minha vida porque foram 22 épocas de atleta federado, mas a vida profissional e sobretudo a família, falaram mais alto neste caso.




Ricardo Cravo, Carlos Saraiva,
Álvaro Fernandes e Eugénio Cardoso


Na hora da despedida, queres deixar alguma mensagem para alguém em especial?

Fazendo o balanço da minha carreira, gostaria de agradecer a toda a gente com quem tive o prazer de trabalhar e a todos os adversários que mereceram o meu respeito. 
Mas tenho de enaltecer a quatro pessoas distribuídas por três equipas técnicas. 
Eles foram os responsáveis pelas minhas melhores épocas porque souberam tirar o melhor de mim e porque confiavam cegamente na minha pessoa. 
Só para que tenham uma ideia, com estas equipas técnicas fui titular em todos os jogos e nunca fui substituído por opção técnica.
As pessoas são, o mister Ricardo Cravo, o mister Carlos Saraiva [recentemente falecido] e os misters Álvaro Fernandes e Eugénio Cardoso.
Para eles um agradecimento especial.

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